Afro Lisboa
SINOPSE OFICIAL: Durante muito tempo os africanos residentes em Lisboa viviam à margem da sociedade portuguesa. Hoje a sua presença transforma a vida da capital.
Miguel Hurst, 30 anos, de pai angolano e mãe guineense, cresceu na Europa. É actor. A sua mulher Zézé é dançarina. Orlando Sérgio, o seu melhor amigo, angolano, é actor. No Bairro Alto costumam encontrar amigos: Maimuna, cantora, Messias, percussionista do Kussondulola, General D., o dançarino caboverdiano Tony. Cada um inventa atitudes, imagens, sons, modernos e mestiços de uma geração.
"Somos afro-europeus" afirma Miguel.
"O que é que vamos fazer com esses jovens que nasceram aqui, 3ª e 4ª geração a que continuam a chamar de imigrantes?" pergunta Tony "Eles não são nada imigrantes!"
Com uma câmara video 8, Miguel e Orlando percorrem Lisboa, do centro à periferia. Encontram trabalhadores vindos de Cabo Verde, Guiné, Angola, Moçambique, São Tomé e Principe, e jovens de segunda geração. Emprestam-lhes a câmara para que eles mesmos filmem trechos da sua vida.
Mário, 15 anos, vive num bairro caboverdiano minado pela miséria e a droga das quais consegue fugir através do teatro, da dança, da capoeira. Os Cantares de Alma, angolanos, trabalhadores nas obras, criam uma música que mistura cantos protestantes e tradições bakongos. Tonecas, 20 anos, canta em rap a revolta da segunda geração que cresceu nos bairros degradados da periferia. Tânia, caboverdiana, vive há vinte e cinco anos num destes bairros, lutando por ser considerada como cidadã da sociedade portuguesa.
"Uma nova África está a nascer em Lisboa...."
As imagens das duras condições de vida e de trabalho dos africanos misturam-se com as expressões de uma nova identidade: africana? lisboeta? afro-europeia?