Paisagem sem Barcos
SINOPSE OFICIAL: Joana, uma mulher de trinta e muitos anos, solitária e melancólica, leva a sua vida entre as aulas que dá num colégio e os encontros, mais ou menos furtivos, com Artur. um empregado bancário que vive com uma filha de 17 anos e que aguarda um eventual futuro casamento desta para finalmente definir uma situação com a professora
Para além desta relação, apenas uma outra, quase exclusivamente telefónica, com Paula, antiga colega de escola, liceu e faculdade, bem casada, bem instalada na vida, satisfeita com as atenções do marido e com o ambiente em que vive. Joana é um pouco o ‘diário’ a quem Paula confia quotidianamente os seus êxitos e sucessos. Comparada com a vida de Paula, a de Joana é um tanque de água estagnada E Paula não se cansa de lho fazer ver.
Também a mãe, habitando noutra zona da cidade, também ela ‘relação telefónica’, lamenta o marasmo da filha e a sua vida apagada.
Até que um dia alguma coisa vem agitar as águas pantanosas em que Joana se move: um telefonema para o colégio, durante as horas de serviço - telefonema esse muito mal visto pela directora - traz-lhe, do outro lado do fio, a voz de Mário, antigo namorado, há muito tempo partido para o Brasil, e agora de regresso, com casa posta em Lisboa, e negociante em arte e antiguidades. É o reencontro e os projectos intimamente acalentados, quem sabe se o recomeço de uma história antiga, que lhe trouxeram no passado felicidade e um sem número de contrariedades que a inviabilizaram. Outro telefonema de Mário deita por terra todas as esperanças. Ele vê-se forçado a partir, a regressar ao Brasil, mais cedo do -que esperava. Um problema no Rio, que irá terminar em casamento, mas nada de grave: afinal ela é bonita, rica, apesar de menor.