Ninguém Duas Vezes
SINOPSE OFICIAL: As datas da exposição estão fixadas. Bernd Hoffmann já está em Lisboa onde só veio em 1974 e onde conheceu uma' jovem pintora, Hanna Brauer. A exposição que agora se prepara devia ser dos dois. Hanna Brauer devia ter chegado. Mas não veio com Bernd. Anuncia que chega e não chega. Nem chegam os seus quadros. Bernd Hoffmann espera-a. Esperar em Lisboa em 1983. Entre os seus amigos do período revolucionário que também eles se perdem nos dias que passam, ensaiando o “Tio Vânia” num teatro que agoniza. Repetindo um programa de rádio antigo. Procurando por igrejas, em conversas com a família, ou ouvindo os velhos discos de adolescência, o que foi que esteve certo naquilo que já está esquecido.
Esperar o quê? Um amor já perdido, uma utopia já realizada, uma relação já morta entre pessoas e das pessoas com o público?
Ou simplesmente o momento em que o Poder passou perto e sem o qual já não se sabe viver?
Poder que foi político, que foi artístico, mas também poder dentro das relações humanas.
Mas Hanna Brauer afinal esteve em Lisboa.
Bernd Hoffmann julgou vê-la de passagem. Procurou-a. Cercou-a. Pediu que a polícia a procurasse. Até que se sabe que Hanna morreu. Morte? Suicídio? E morrendo que acusação faz Hanna?