Benilde ou a Virgem Mãe
SINOPSE OFICIAL: A jovem Benilde, criada num ambiente de marcada religiosidade, vive em companhia de seu pai que a tem resguardada do mundo no seu isolado solar do Alentejo.
Por uma suspeita da velha governanta Genoveva, é submetida ao exame médico que lhe faz o Dr. Fabrício, homem viajado, íntimo da família e um tanto agnóstico, que a declara grávida.
Daí resulta grande mal-estar naquela casa pelo espanto das pessoas ao saberem o estado de Benilde, sem que haja uma explicação para o facto, pois que, interpelada, ela o atribui a intervenção divina.
Eduardo, bom filho de família, educado sob a autoridade da mãe, inteligente e simples, engenheiro acabado de se formar, é primo e noivo de Benilde a quem ama profundamente.
Etelvina, mãe de Eduardo, mulher fútil e mundana da sociedade lisboeta (supõe-se dos anos trinta), toma a sobrinha por dissimulada, lançando suspeitas sobre um vagabundo demente e disforme que, por vezes, solta uivos e deambula nas imediações do solar.
O pai de Benilde, Melo Cantos, de temperamento austero e misantropo, julga-se perseguido pelo destino e supõe que a filha enlouquecera, tal como a mãe em seus últimos dias de vida.
O próprio Eduardo que de início admitia a noiva vítima da sua candura, acaba desorientado, arrastado pela sua paixão que começa a confundir-se com loucura.
Só o idoso, e naturalmente bondoso e compreensivo, padre Cristóvão, muito afeiçoado a Benilde que viu nascer, parece sentir-se impelido a repudiar todas as acusações malévolas.
Benilde, porém, não resiste a esta provação e cai subitamente doente, afirmando saber estar próxima da morte.