Tinoco em Bolandas
Para fugir a um credor que encontra num baile, Duarte Tinoco esconde-se numa carruagem que o leva, contra sua vontade, até casa dos barões de Sandomil. O casal chega a casa muito depois, obrigado a fazer o caminho a pé. A baronesa confessa ao barão, Henrique, os seus ciúmes. Ele próprio acusa-a de ceder aos encantos do Conde de Vera Cruz. Quando a baronesa surpreende Duarte tem a ideia de o fazer passar pelo conde e assim provocar uma cena de ciúmes para testar o marido que dissera confiar na sua mulher e estar seguro de nunca vir a experimentar aqueles sentimentos. O marido assiste, atrás de uma cortina, a uma conversa comprometedora entre o 'conde' e a baronesa. O equívoco apenas se desfaz, na ausência da baronesa, quando o barão desafia Duarte para um duelo. Nesse momento, Duarte descobre a identidade do seu adversário, revela a sua e dá-se a coincidência de ser um seu protegido, recomendado ao barão por um deputado, amigo comum de ambos. O barão decide voltar a comédia contra a mulher e deixa Duarte encenar sozinho, no jardim, um falso duelo. Depois da aflição e desmaio da baronesa perante tal cena, o barão é comprometido por uma indiscrição de Duarte que revela que o seu protector estaria envolvido com uma corista do São Carlos (que por ele havia deixado Duarte). Duarte acaba por salvar a situação em favor do barão dizendo que o bilhete incriminador era afinal uma brincadeira que fazia ainda parte da vingança encenada. O casal reconcilia-se e Duarte vê ser-lhe prometido um emprego como administrador. (in Lion, Mariaud, Pallu – Franceses Tipicamente Portugueses, org. Tiago Baptista)