Mulher Polícia
SINOPSE OFICIAL: Junto a um lago numa floresta, Tânia, uma jovem mãe, colhe flores para a campa do marido. No cemitério, o seu filho, Rato, não quer participar no luto obsessivo a que a mãe se entrega.
Tânia tem vivido sem dar muita atenção ao filho, que passa o seu tempo fora de casa, sempre atrás duma amiga especial, Liliana – uma teenager que se sente sufocada com a rotina da vida de província. Rato está a deixar-se resvalar para a pequena delinquência.
Há um assalto à escola, Tânia começa a ficar inquieta, tudo indica que o filho está envolvido. Tenta compreender o que se passa, mas a polícia prende Rato.
Na esquadra, Tânia, alarmada, percebe que este assalto somado a delitos anteriores coloca o filho na eminência de ser enviado para um reformatório.
Tânia vai ser separada de Rato. De repente, a ideia de perder o filho é intolerável. Nessa noite, consegue arrancá-lo à polícia. Reencontra uma energia adormecida e decide-se – vai largar tudo e fugir com Rato para Lisboa. Mas o filho exige que Liliana parta com eles.
Quando vão a entrar na camioneta para Lisboa Tânia fica a saber que a polícia já os persegue. Fogem pela estrada e depois desaparecem na natureza.
Tânia tem medo de voltar à estrada principal. Os caminhos secundários que escolhe têm de ser feitos com boleias incertas e muitas vezes a pé.
Cada vez se sentem mais isolados e Lisboa parece cada vez mais longe.
É nesta solidão que Tânia vê uma oportunidade de se aproximar do filho, mas Rato não quer perder Liliana, nem a cumplicidade secreta que o une a ela.
Liliana, desanimada com a dureza e a incerteza da viagem, desiste do seu projecto de fuga. Verdadeiramente, não tem forças para se separar do que deixou para trás.
Sozinha com Rato, Tânia consola-o, cheia de ternura. A intimidade que se estabelece entre mãe e filho promete a possibilidade duma nova vida entre os dois.
Uns caçadores dão-lhes boleia em direcção a uma estação de combóios. Ao cair da noite, quando estão quase a chegar, os caçadores atacam-nos. Tânia é violada numa floresta e abandonada.
Tânia descobre-se perdida numa terra de ninguém, sem forças, traumatizada, numa solidão sem fim. Face a este desespero da mãe, Rato ganha energia para a fazer prosseguir viagem – leva-a até um café, aquece-a, arranja-lhe roupas, mete-se com ela num camião tentando cumprir a promessa de irem para Lisboa.
Mas Tânia não recupera o ânimo. Lisboa parece longínqua e inalcançável – o que é que ainda lhes pode acontecer em Lisboa? Sentindo-se ela própria sem forças tem medo dos perigos que também ameaçam Rato.
À noite no meio da montanha, quer desistir e esgotada adormece.
Rato, não aceita e decide continuar sózinho. Ao pedir boleia na estrada escura é descoberto por um carro patrulha da polícia.
Rato será preso e levado finalmente para o reformatório? Vão o filho e a mãe reencontrar-se? Conseguirão ultrapassar as adversidades e chegar a Lisboa?