A Morgadinha dos Canaviais
SINOPSE OFICIAL: Toda a história passa-se no espaço de dois meses, de Dezembro a Fevereiro, numa recôndita aldeia do Alto Minho, durante o reinado do Rei D. Luís I de Portugal.
Henrique de Souselas, frequentador do Grémio e de S. Carlos, minado por um “mal do século”, é aconselhado pelos médicos a sair de Lisboa e experimentar os hábitos do campo.
Henrique vai então visitar sua devota tia Doroteia, na Quinta de Alvapenha, que ele não vê desde os cinco anos.
Na sua primeira visita à Quinta do -Mosteiro conhece Madalena, a Morgadinha dos Canaviais, por quem sente logo grande simpatia, e a família, bem como Augusto, o mestre-escola, não se impressionando com Cristina, prima da Morgadinha.
O conselheiro Manuel Bernardo de Mesquita, pai da Morgadinha, deputado às Cortes a viver em Lisboa, vem à aldeia nasS férias do Natal ver a família e ocupar-se da sua reeleição.
Madalena sabe terçar as armas da ironia com Henrique, e levar a bom fim o amor de Cristina pelo galanteador citadino.
Existe um segredo na vida de Madalena, a sua paixão, secretamente correspondida por Augusto, o pobre mestre-escola da aldeia.
O conselheiro torna à aldeia para as eleições. Os melhoramentos que obtivera para a localidade, a estrada e o cemitério, são mal recebidos pelos seus adversários políticos. O conselheiro consegue ganhar as eleições, mas com a ajuda do voto do tio Vicente, o ervanário, cuja casa fora destruída pelo traçado da estrada.
Caído o Governo, o conselheiro é convidado para o lugar de Ministro.
Henrique casa com Cristina, o elegante do Chiado apaixonou-se pela agricultura e torna-se um rico proprietário rural.
Das mil e uma moléstias, com que saíra da cidade, já nem memória lhe resta.
Augusto pensa emigrar para o Brasil, acusado injustamente de cumplicidade com os inimigos do conselheiro. Madalena intervém a tempo e desfaz o equívoco. Vencidos os preconceitos do conselheiro, Augusto casa com Madalena, e propõe-se fomentar o desenvolvimento da instrução e das actividades industriais na região.