Anatomie de l'enfer
Nestes lugares onde nos misturamos sem nos encontrarmos, onde o techno gere o impulso dos corpos, eles dançam, balançam-se, fundem-se na hidra primordial feita de corpos de homens. No desejo abrupto do outro, são homens entre si, que se bastam. Ela é a mulher. Incrivelmente bela, é dispensada. Nos lavabos, ela corta as veias com uma lâmina de barbear. Duas finas linhas paralelas que só se juntam no sangue que brota. E é assim que eles se encontram. Ao que não gosta de mulheres, ela pagará para, ao longo de quatro noites, num quarto, a olhar "onde ela não pode ser olhada".