Njinga – Rainha de Angola

SINOPSE OFICIAL: Século XVII, região do Ndongo e da Matamba (actual Angola). Uma mulher assume a liderança do seu reino lutando, durante 40 anos, pela independência do território e liberdade do seu povo. O nome dessa mulher é Njinga, conhecida desde então como a Rainha Njinga. A nossa história começa em 1617, ano em que morre o rei Kilwanji, pai de Njinga. Lutador feroz contra as investidas dos portugueses no território do Ndongo (cujo principal objectivo era a captura de escravos para as plantações de cana de açúcar no Brasil), deixa em aberto a questão do seu sucessor. O conselho dos makotas, responsável pela escolha do futuro rei, fica dividido entre três hipóteses: Nguri, ainda criança e filho da esposa do rei; e outros dois filhos de uma escrava, Mbandi e Njinga, a favorita do soberano. É neste contexto que o ambicioso Mbandi impõe a sua vontade e usurpa o poder. Depois da sua entronização, e por sugestão do seu homem forte, o seu Manilungo, Kanjila (filho de Njinga) e todos os opositores de Mbandi são assassinados, para garantir que o reinado de Mbandi não será ameaçado. Na sequência deste episódio, Njinga retira-se para as ilhas Quindonga, com as suas duas irmãs, Njali (seu conselheiro) e o seu séquito. Os tempos que se seguem marcam o declínio do poder militar de Mbandi, em relação aos portugueses. Sob as ordens do Governador português em Luanda, Luís Mendes de Vasconcelos, é reerguido um forte/presídio em Mbaka, próximo da corte de Mbandi, o que acentua o conflito entre as duas partes. A Batalha de Mbaka (1618) marca uma profunda derrota de Mbandi que, sem saída, foge para as ilhas Quindonga. É aqui que, em seguida, Mbandi pede ajuda a Njinga para ir a Luanda negociar a paz com os portugueses. Njinga acredita cegamente que foi Mbandi quem mandou matar Kanjila, mas, para bem do povo do Ndongo e abafando o sentimento de revolta pela morte do seu filho, aceita ir a Luanda onde é recebida, em 1622, pelo então governador português João Correia de Sousa. O episódio, historicamente célebre, é marcado pelo formalismo e boas intenções das duas partes. Njinga chega mesmo a ficar algum tempo em Luanda, onde acaba por ser baptizada, num acto estritamente político de forma a satisfazer as intenções dos portugueses. De regresso ao Ndongo, tudo parece encaminhar-se para um entendimento com os portugueses, mas Mbandi não cumpre a sua parte no acordo e declara nova guerra aos homens de Muene Puto. Num combate desigual, o Ngola perde força e acaba por morrer envenenado. Com a morte de Mbandi, Njinga assume de forma quase natural o reinado do Ndongo. A sua legitimação como rainha, embora sem a concordância dos portugueses, é feita por muitos sobas e pelo povo em geral. É nesta altura que Njinga “se enamora” de Jaga KasaCangola, antigo apoiante militar de Mbandi e responsável pela tutela do seu filho, Kalu. A união entre os dois traduz-se num casamento e traz força militar a Njinga que consegue ganhar ascensão territorial, mas acaba de forma terrível: Kalu (natural herdeiro do trono) morre. KasaCangola acusa Njinga de ser a sua assassina e afasta-se dela, provocando nova mágoa no coração da guerreira. Em 1624, Njinga tenta uma nova aproximação aos portugueses, agora representados pelo Governador Fernão de Sousa. A sua intenção é convencer o novo governador a retirar as suas forças do forte/presídio de Mbaka. Como contrapartida, Fernão de Sousa exige a devolução dos escravos que fugiam constantemente para a corte de Njinga em busca de liberdade, uma vez que ela era conhecida pela forma respeitosa como os tratava. Mas uma vez mais, as duas partes não chegam a acordo. Sem entendimento, Fernão de Sousa nomeia um soba local, Ngola-a-Ari como rei do Ndongo. Isto sem o consentimento de Njinga ou dos outros sobas do Ndongo. Este é um período de batalhas constantes e sangrentas, com Njinga a ser expulsa das suas terras (pelo capitão Banha Cardoso). Cada vez mais “encurralada” nas ilhas Quindonga, a rainha decide encetar novo diálogo com os portugueses. Envia o seu manilungo, Njali, a Mbaka de forma tentar a reconciliação, mas como resposta recebe a cabeça do seu principal conselheiro. Fragilizada e sem grandes recursos, Njinga acaba por fugir ao ataque feito pelos portugueses que raptam as suas irmãs, levando-as para Luanda. É neste contexto que Njinga se alia a um dos mais terríveis Jagas, povo bárbaro, do território: o Jaga Kassanje. Com a ajuda militar do Jaga Kassanje, Njinga inicia a conquista da Matamba, enquanto as suas irmãs continuam detidas em Luanda, onde acabam por ser baptizadas. Só em 1632-33, Kambo é libertada e volta para junto de Njinga. Kifunji permanece refém dos portugueses, mas torna-se espia da rainha, enviando-lhe cartas com informações importantes sobre a governação dos portugueses no território. Durante cerca de uma década, Njinga estende o seu poder no território, tornando-se a “rainha da Matamba”, e acaba mesmo por se afastar de Jaga Kassanje. Os portugueses, acossados pelo sucesso de Njinga, aliam-se aos invasores holandeses, também sedentos de peças escravas, para derrotar a rainha, mas Njinga escapa. No entanto, a sua irmã Kambo volta a ser raptada. Pior... Kifunji, ainda prisioneira, morre, atirada ao rio pelos portugueses, quando descobrem que ela era espia da rainha. Com a retirada dos holandeses de Luanda, em 1648, e a chegada do Governador Correia de Sá, as relações entre Njinga e os portugueses entram numa fase mais diplomática. Apesar de não chegarem a acordo, esta é já uma fase de menor conflito, com Njinga permitindo o livre-trânsito de capuchinhos no interior do seu território, assim como o comércio entre Luanda e a Matamba. Em 1655, com 73 anos, Jinga envia uma carta a um novo Governador, Luís Martins Chichorro, que será o mote para o fim da guerra entre as duas partes. Nessa altura, os portugueses acabam por libertar a irmã Kambo que regressa para junto de Njinga. Depois de quase 40 anos de luta, a rainha Njinga consegue finalmente selar a paz com os portugueses que a reconhecem como a verdadeira soberana da Matamba e do Ndongo.

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