Planície Heróica
Alentejo, 1927. O jovem padre Dionísio chega à sua nova freguesia, sem pároco há muitos anos. A pequena igreja está meio devastada, o rebanho de fiéis disperso. Parece que a grande crença de toda aquela gente, a começar pelo sacristão José Carriço, é a fé na terra e nas suas potencialidades de gerar trigo.
Sem residência onde morar, o padre Dionísio hospeda-se em casa de Carriço. Em breve, contudo, a jovem filha do sacristão, Conceição, começa tomar-se de amores por ele. Percebendo, Dionísio abandona a casa de Carriço. Entretanto, pela aldeia, corre o boato da paixão de Conceição. Carriço vai tirar satisfações do padre, como se ele lhe tivesse desonrado a filha, mas convence-se da sua inocência. Todavia, quando Conceição começa a definhar, enferma de mal de amores, e parece às portas da morte, Carriço acaba por pedir ao padre que lhe salve a filha, mesmo que para isso tenha que romper com os seus votos – ameaçando-o de morte se a filha sucumbir. Dionísio acaba por ir ao leito da moribunda, não como homem, mas como sacerdote, levar-lhe a bênção e a comunhão. A jovem cai em si – e acaba a casar com o seu prometido de infância.