A Noiva do Brasil
Uma organização de gatunos internacionais de alto coturno vai na peugada de uma herdeira oriunda do Brasil, Lídia de Noronha; essa herança provinha de um tio e era constituída por propriedades localizadas em Odivelas e Marco de Canaveses! Elementos portugueses da quadrilha ordenam aos seus sequazes do Rio que façam desaparecer a jovem e os documentos respeitantes à herança. No barco em que Lídia viaja segue igualmente um agente brasileiro do «gang» internacional que não conseguiu no Rio de Janeiro apossar-se da rapariga e dos preciosos documentos. Por coincidência, no barco segue igualmente uma aventureira de origem belga que dá pelo nome de Ema de Vilmorin e que é uma sósia perfeita da brasileirinha ricaça. O imediato do navio, Manuel de Medeiros, prende-se de amores por Lídia de Noronha. O detective de bordo, homem atilado e previdente, nota que as duas passageiras são de uma semelhança física extraordinária. Entrementes, o navio é assaltado por forças navais inimigas, ignorando-se de que país em guerra. Há luta no alto mar entre a tripulação do navio e das forças navais que haviam detido sua marcha. Durante a confusão, o agente brasileiro da quadrilha apossa-se dos famigerados documentos que identificam a herdeira dos milhões. No entanto, o detective de bordo descobre a manigância do agente e apossa-se ele próprio dos documentos. O comandante, por outro lado, em plena zona de combate, força a velocidade do seu barco e as máquinas, pelo esforço que lhes é exigido, explodem. O barco vai a pique e no naufrágio gera-se a confusão. Por sua vez, Ema de Vilmorin perde na emergência os seus próprios documentos de identidade, que são encontrados por um dos que seguiam a bordo, e este facto imprevisto vai ter uma grande importância no desfazer do imbróglio e tudo acaba bem: a rapariga recebe não só a herança, como ainda por cima aceita em casamento o jovem e bem parecido imediato do navio. (M. Félix Ribeiro in Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português 1896-1949)