O Comissário de Polícia
O conselheiro Faustino, galã inveterado, com certo fraco pelas criadas de servir, é o quarto marido de D. Maria, dama austera que lhe exige todo o salário. Afim de conseguir dinheiro para as suas extravagâncias, o conselheiro passa vida a dar à mulher jóias falsas, deduzindo dos ordenados o valor de jóias verdadeiras.
Um dia uma viúva amiga de família, D. Vicência, vai pedir uns prémios para uma quermesse e o conselheiro, ao ouvir a mulher dizer que vai oferecer umas jóias, resolve tirá-las e simular um roubo. O caso é entregue ao sr. Pigmaleão Sereno, comissário de polícia, que vai fixar residência no andar por cima do conselheiro.
Uma criada que vive com o caseiro de D. Vicência, foge para se dedicar ao conselheiro e quando todos discutem o roubo das jóias, surge o Bernardo gritando que lhe roubaram e sua Glória.
O confidente do conselheiro é Melchior da Natividade, secretário do Ministro de Estado, que anda a fazer namoro a Celeste, sobrinha do velho galã.
Tendo feito despesas extraordinárias com a Glória, o Conselheiro ao entregar o ordenado à mulher, confessa que os cem escudos que faltam foram gastos num bilhete de lotaria espanhola com o nº 1881. A dama convence-se e quando o conselheiro se julga aliviado, surge outro contratempo. A sorte grande sai nesse número! Novamente surge o estratagema do roubo e volta o comissário a investigar... ao mesmo tempo que dirige galanteios a D. Vicência.
Com estas trapalhadas a situação vai-se complicando e o conselheiro evita a cadeia por conseguir de Melchior o lugar de Governador Civil substituto, cargo esse que lhe soluciona os problemas e lhe dá ascendente sobre a tirana D. Maria. (in folha de catálogo da Doperfilme)