A Maldição de Marialva
SINOPSE OFICIAL: No século X, a cidade de Alva, ao sul do rio Douro em plena «terra portucalense», acaba de ser conquistada aos mouros pelo Conde D. Gunefredo.
Pouco tempo depois desta vitória, três irmãos salteadores que aterrorizavam a região foram capturados e enforcados na praça do castelo diante da multidão. A mulher e a filha de um deles, acusadas de bruxaria, são condenadas ao ferro em brasa.
Com o tempo o povo sente-se aterrorizado porque os fantasmas dos três enforcados começam a aparecer e à sua passagem cometem-se os crimes mais hediondos. Ao mesmo tempo, aparecem no céu estranhos sinais: um cometa flamejante, a lua a desfazer-se em sangue...
O povo vem pedir providências a D. Gunefredo que atribui estes acontecimentos à aproximação do ano 1000. Alguns eclesiásticos, porém, acusam-no de ter faltado à promessa que fizera de fundar um mosteiro para celebrar a vitória contra os mouros.
D. Gunefredo decide finalmente fundar um mosteiro dúplice (frades e monjas) como era uso na época.
No dia da inauguração do mosteiro apresenta-se um enviado do rei, com ordens para D. Gunefredo abandonar o condado e ceder o seu lugar a uma misteriosa dama, a Condessa Maria Alva. Esta muda o nome da cidade de Alva para Marialva. O conde reage violentamente, porem Maria Alva incita um rival do conde (o cavaleiro D. Soterre) a desafiá-lo para uma justa de morte no dia seguinte. D. Goterre vence o torneio e D. Gunefredo fica morto no terreno.
D. Goterre, envaidecido com a vitória, pede como recompensa a mão da nova condessa que lha recusa.
Entretanto, circulam no condado os mais estranhos rumores acerca da condessa. Diz-se que tem poderes diabólicos, que já viveu centenas de anos mas não envelhece e que, por sua maléfica influência, o mosteiro duplice é teatro das mais sacrílegas orgias...
Hélio é chamado ao castelo de Maria Alva, para tratar um pajem. O pajem, que se fingira doente para conseguir falar com Hélio, conta-lhe, em segredo, as suas suspeitas quanto à misteriosa Maria Alva que, entre outras coisas, nunca comprou sapatos nem nunca consentiu que lhe vissem os pés... Combinam um estratagema para a desmascarar e espalham farinha em volta da cama dela. Entretanto, D. Goterre está prestes a assaltar o castelo e já dentro da cerca é surpreendido por uns gritos terríveis: Maria Alva, tendo acordado e saldo do quarto, não nota que deixara as pegadas na farinha, e o pajem, as aias e outros servos do castelo, vendo que são marcas de pés de cabra, dão o alarme.
A perseguição começa, Maria Alva, vendo-se descoberta, perseguida pelos gritos do povo que entretanto acorrera, sobe ao cimo da torre; Hélio, com a sua magia, retira-lhe os poderes, e ela transforma-se numa velha. cá em baixo, os soldados de o. Goterre disparam as suas flechas contra ela que cai, desaparecendo quando chega ao chão...