A Selva
SINOPSE OFICIAL: Alberto é um jovem monárquico português que em 1912 se encontra exilado em Belém do Pará, Brasil. Aí é contratado por Velasco, um capataz espanhol, para trabalhar no seringal de Juca Tristão, em pleno coração da Amazónia. Após uma longa viagem pelo rio Madeira, no Amazonas, em condições sub-humanas, chega ao seringal Paraíso, onde é colocado no meio da selva, a trabalhar na recolha da borracha sob protecção do cearense Firmino. Alberto descobre aí um mundo estranho e selvagem, em que os índios, a febre e a loucura dos homens são perigos diários. Mas descobre também a amizade, a lealdade e a solidariedade dos seringueiros face ao poder despótico dos exploradores.
Após um difícil período no coração da selva, Alberto é levado para trabalhar no armazém do seringal. Integra-se rapidamente naquela comunidade onde pontificam Juca Tristão, o patrão; Velasco e Caetano, os seus capatazes; Guerreiro, o gerente, e sua belíssima mulher, Dona Yáyá; Alexandrino e o Argentino, homens de mão; e até um velho e misterioso negro, um antigo escravo chamado Tiago. Mas Alberto já não é o mesmo rapaz inexperiente e idealista que a selva tinha engolido alguns meses atrás. Ao fim de pouco tempo apaixona-se por Dona Yáyá, e envolve-se com ela num romance inesperado, despertando o ódio do espanhol Velasco.
Contudo, a sua grande prova surge quando Firmino lhe vem pedir ajuda para fugir do seringal. Alberto aceita, sem pensar na sua própria segurança. Firmino e os restantes companheiros de fuga acabam por ser capturados e torturados por Velasco, que quer saber quem os ajudou na fuga. Alberto tenta ajudar o amigo, mas sente-se impotente face ao poder de Juca Tristão e dos seus homens.
Inesperadamente, é Tiago, o velho negro, que força a resolução do conflito. Revoltado com o tratamento que Juca Tristão está a dar aos prisioneiros, que lhe recorda os tempos da escravatura, pega fogo à casa do patrão. Juca Tristão morre no incêndio e Alberto acaba por matar Velasco no conflito que se sucede, encerrando assim a sua dura aprendizagem da realidade.