Barbanegra
D. Rita, uma viúva muito rica inconformada com a sua idade, quer casar com um cavalheiro da nobreza titulada e, para isso, coloca um anúncio no Diário de Notícias. Responde-lhe o Marquês de Serpa, último disfarce de Barbanegra, um perigoso ladrão e burlão. Dá-se o primeiro encontro, que logo serve para Barbanegra avaliar quanto vale a sua vítima. O burlão tenta apressar o casamento e a herança da fortuna de D. Rita e entrevê a oportunidade ideal quando um domador de leões se instala nas imediações da casa de D. Rita. Júlio, o criado e comparsa de Barbanegra, suborna um ajudante do domador e consegue introduzir um leão no quarto de D. Rita. Depois de o domador evitar a tragédia no último minuto, Barbanegra põe-se em fuga, mas uma avaria no seu automóvel imobiliza-o perto da taberna de Sanches onde é reconhecido por outro criminoso. Barbanegra mata aquele que o reconhecera, conseguindo assim preservar o segredo da sua identidade e regressar incólume à casa de D. Rita. Esta, passado algum tempo, adoece. Todas as noites o insuspeito Marquês de Serpa administra-lhe um remédio que, afinal, é um veneno destinado a provocar-lhe uma morte lenta e insuspeita. Clara, a criada de D. Rita, desmascara Barbanegra que se põe novamente em fuga. No decurso desta acabará por ser morto por Sansão, um antigo comparsa que Barbanegia traíra e que tinha jurado vingança. (in Lion, Mariaud, Pallu – Franceses Tipicamente Portugueses, org. Tiago Baptista)