A Sereia de Pedra

Em Tomar vive um ferrador, Pedro, que tem como grande amigo um moço de forcados, António. Este é casado com Leonor, de quem tem um filho, Cláudio. Na praça de touros de Tomar vai realizar-se uma corrida para a qual o gado é fornecido por um lavrador abastado da região, Fernando Alves, que está apaixonado por Rita, a melhor bailadora da região. O lavrador dá uma festa na véspera da corrida. António, que assistia também à festa, embriaga-se, o que o diminui, momentânea e fisicamente; e, no dia seguinte, o touro que lhe estava destinado, mata-o. Leonor. fica sem recursos, enquanto Alves casa com Rita. Entretanto, Pedro obtém o lugar de guarda do Convento de Cristo, em Tomar, onde reside um velho eremita, de nome Fragoso. Certa manhã este vê, de longe, uma mulher abandonar uma criança no claustro. Fragoso, depois, convence Pedro a guardar a criança. Precisamente nesse momento Leonor aparece com um filho seu nos braços. Pedro resolve albergá-la no convento. Ele criará ao mesmo tempo o filho de Leonor e a criança abandonada. Dezassete anos depois, a criança abandonada tomara-se numa linda rapariga, a que seria posto o nome de Maria. Cláudio, o filho de António, um alcoólico, é aleijado e pobre de espírito. O rapaz passa o tempo a trepar às torres e aos telhados do convento com inaudita agilidade. Pedro ama Maria e Cláudio também. Aquele propõe-lhe casamento; Cláudio, porém, ao saber disto, tenta violentá-la. Surge então nova personagem, Miguel, engenheiro e sobrinho de Alves. Está ali encarregado por um organismo oficial para fazer investigações arqueológicas no mosteiro, e vem a apaixonar-se também por Maria. A jovem, dona de um carácter incerto e caprichoso, de feitio ora intratável, ora amável, compraz-se em ver sofrer pessoas que dela se acercam. É uma criatura má e bela. O arquitecto, que se entretém a ler as velhas crónicas dos cavaleiros da Ordem de Cristo, compara-a, física e moralmente, à descrição de uma Sereia de Pedra que se conserva num recanto do claustro. Miguel livrara a tempo Maria das mãos de Cláudio; este denuncia a Pedro o idílio de Miguel e Maria, pelo que este jura vingar-se. Mas Cláudio, para se dar ares e chamar sobre si as atenções, havia-se apropriado de um dos fatos de Miguel. Pedro, de noite, vendo-o assim vestido, toma-o por Miguel. Aquele foge por uma escada de madeira, mas Pedro faz cair a escada e Cláudio morre. Pedro, que está convencido de ter morto Miguel, cai como que siderado, ao ver, em sua casa pouco depois, Maria nos braços de Miguel. Em consequência do choque ficará para sempre paralisado e mudo, sem poder explicar o terrível drama de que foi a única testemunha e causador. Entretanto, Miguel é chamado para junto de uma tia que está moribunda, revelando-lhe que a criança abandonada no mosteiro é sua filha, a qual por sua morte ficará com metade dos seus bens. O espectáculo de dor purifica o espírito de Maria. É hoje a mais doce das criaturas e destrói pelas suas próprias mãos o busto da Sereia de mau presságio. Todavia, no final, a escultura inquietante reconstitui-se. A Sereia nefasta terá de ser, eternamente, o símbolo de uma alma de mulher? (in Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português 1896-1949, de M. Félix Ribeiro)

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Notas

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Documentos

Filmes
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