Cowboys na António Maria Cardoso
SINOPSE OFICIAL: 1963, à entrada do cinema S. Luiz na Rua António Maria Cardoso. Um cartaz anuncia a estreia de um western. Índios e cowboys enfrentam-se na imaginação dos sete anos de João. A mãe chama-o. João segue-a apertando na mão o boneco novo do Lone Ranger de pistola em punho. Descem a rua para entrar, mais à frente, na sede da PIDE-DGS. Lone Ranger aponta o revólver ao inspector que fala com a mãe. João sabe que aquele senhor de óculos de massa mais não é que um chefe índio disfarçado, pronto a tirar-lhe o escalpe à primeira distracção.
Índio também é o agente que o acompanha à casa de banho quando a vontade aperta. João aproxima-se do urinol. Lone Ranger fica de guarda.
O pai, cowboy corajoso, que a tribo dos Pires tem como prisioneiro, é trazido. Trocam-se palavras, mas nada feito - o prisioneiro fica. João tem ainda tempo de gritar “não sabes que os bons ganham sempre?”.
Um agente índio passa com um balde e uma esfregona. João e Lone Ranger entreolham-se com um sorriso. Na casa de banho o grande chefe inspector molha os pés. A armadilha resultara.