A Abóbada
SINOPSE OFICIAL: Após a vitória dos portugueses sobre os castelhanos na batalha de Aljubarrota, o rei D. João I decide mandar conceber e erigir um grande mosteiro que devidamente celebre e agradeça a Deus a vitória.
Na corte defendem uns que deve ser um arquitecto estrangeiro, largamente experiente e mais preparado, a tomar o encargo de tão grande responsabilidade; defendem outros que, precisamente pela enorme responsabilidade e simbolismo de tal monumento, deve ser um entre os muito sabedores e experimentados portugueses a fazê-lo. A ala estrangeirista será encabeçada pela rainha, e a nacionalista pelo rei. Gera-se o desentendimento contido entre rei e rainha, e a intriga generalizada, mas cautelosa, na corte.
Prevalece a vontade do rei que, entregando a obra a Mestre Afonso Domingos, acaba por, com grande pesar, o ver cegar, perfilando-se então o Mestre irlandês David Huget, que toma a obra e acaba por a ver abater.
Chamado o Mestre Afonso Domingos, mesmo que cego, desenha uma abóbada revolucionária que a todos assusta.
Mas concluída a abóbada, Mestre Afonso Domingos manda que toda a corte abandone a sala e manda retirar os suportes de sustentação da abóbada, que se sustem, isolando-se no interior, sentado na única pedra que ali mandou que deixassem, por debaixo do centro da abóbada, afirmando: “a abóbada não caiu... a abóbada não cairá”. E ali é encontrado morto, três dias depois.
A abóbada ainda hoje se sustenta.